Resumo

A habitação é uma fonte de acumulação de riqueza, transferências intergeracionais e mobilidade social, sendo vital não apenas para promover a prosperidade e o bem-estar, mas também para alterar a desigualdade dentro e entre gerações. No sul da Europa, a habitação tem um alto valor cultural e a família desempenha um papel fundamental na posse de habitação. O aumento da riqueza habitacional afeta as oportunidades futuras de habitação para famílias e gerações e também terá impacto no Estado Social. Além disso, a habitação é um ativo importante para os futuros idosos e pensionistas.

No entanto, tem havido pouca investigação sobre como o acesso reduzido à habitação, agravado pela recente crise da COVID-19, afeta diferentes gerações e o bem-estar das mesmas, principalmente no sul da Europa. Apesar da literatura muito limitada sobre a Geração Z - qualquer pessoa nascida depois de 1997 -, esta parece ser considerada a geração da esperança. Estes jovens, que crescem durante uma recessão, enfrentam incertezas económicas, uma crise de habitação, a pandemia COVID-19 e muitos vivendo em famílias monoparentais, fazem agora da segurança uma prioridade. Apesar das diferenças entre a Geração Z e os Millennials e as implicações importantes para a habitação, nenhuma pesquisa foi realizada nesta área.

O Projeto exploratório Housing4Z responderá a quatro perguntas de investigação:

  1. Como é que a habitação está a alterar as desigualdades intergeracionais e como afetará isso as gerações mais jovens, em particular?

  2. Como é que as mudanças no sistema de habitação afetam a desigualdade e o bem-estar intergeracional?

  3. Quais são as experiências da Geração Z em termos de preferências de habitação, restrições, oportunidades e privações?

  4. Que recomendações devem ser implementadas para mitigar novas desigualdades de habitação intergeracionais?

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